terça-feira, 17 de março de 2009

Tolice


Sinceramente, eu não sei mais que merda eu sou. Certo, sempre odiei essa estória e conversa sobre definição de personalidade, qual seria o grupo que me encaixo entre outras idiotices que as pessoas costumam se preocupar e ocupar a cabeça, mas essa semana eu tenho pensado nisso freqüentemente e como já não bastassem a maldita insônia e as preocupações desse meu maldito trabalho, me aparece mais essa. O fato é que nunca me preocupei se me classificavam como pessoas “boas”,odeio todas elas, e na verdade de boas não tem nada , são tão boas que não enxergam um palmo a frente desse nariz enorme e afilado depois de dezenas de cirurgias plásticas, mas quem sou para falar de bondade não é verdade?não vou a igreja todo domingo, nem dia algum, não pago dízimo, pouco me importa se usar álcool e fazer sexo desagradam à igreja, e to pouco me arrombando para saber de que horas vai ser o sermão do chefão dos virgens, aquele merda não paga minhas contas mesmo, mas ao menos sou sincero, se me perguntassem qual seria o centro do mundo, acho que no auge dos meus vinte e cinco anos a coisa que eu daria mais atenção seria eu.Porra, eu realmente não sei mentir, nunca dei a menor importância pra mim mas sim para o que pessoas que eu gosto pensam de mim, pelo menos as que fizeram de tudo para que eu chegasse em algum lugar. Eu sei que esses sim, sempre se importaram comigo, educação, saúde e outras entre tantas coisas, por isso serei eternamente grato a eles. Pois bem, acho que sempre fui uma farsa, com vergonha de mim mesmo, e por isso nunca me preocupei em pensar que merda é essa que eu realmente sou, não os livros que eu leio, nem o cinema que eu vejo ou esse bombardeio de informações que todos nós sofremos todos os dias, mas que diabos seria eu, um alienado? Mas alienado de quê? E quem disse se eu ou você somos ou não alienados? Se estou dentro ou fora da lei? E que merda de lei é essa? E quem foi o filho da puta que criou? Porque ele criou e não eu? Depois de tudo isso, ainda não descobri que espécie de altista eu sou ou seria se não tivesse entrado nesse jogo, será que felicidade e tristeza ainda teriam o mesmo significado?. È de tanto pensar nessas merdas que quase não durmo, mas pra ser sincero, odeio perder meu tempo deitado em uma cama, isso é para sonhadores, e eu não tenho tempo para eles, nem para sonhos, preciso de alguma coisa que me mantenha ligado, só assim vou ter tempo para me conhecer melhor, e tentar responder essas e tantas outras perguntas, sem respostas, pelo menos pra mim são, pois até agora não fiquei satisfeito com as respostas que me deram.

Um comentário:

  1. Eu tenho duas teorias:
    A primeira é que as nossas perguntas crescem em PG, enquanto as resposas (geralmente tardias e equivocadas) em PA.
    A segunda é que, cabe a nós descobrir a maior parte das respostas (dentro da gente), e sentimos raiva quando não podemos culpar ninguém.
    E tem uma terceira teoria, que eu não ia dizer, mas fiquei com vontade:
    As leis e os padrões são peneiras sociais, que separam as marias, dos que vão com elas.

    Enfim, seus textos são ótimos Lilo! Bom te encontrar pro aqui.
    Graande beijo :*

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