sábado, 30 de maio de 2009

Mais nada...



È eu tinha parado. Parado não, mas diminuído, tava tentando entender tantas coisas que eu achava saber, e achava que já tinha as fórmulas certas, e todas as vezes que usei deram certo. Engano, puro engano. Eu nunca soube de nada, e minhas fórmulas estão todas erradas, meus gestos estão errados, eu estou completamente errado.
Eu que sempre repreendi egoísmo, ignorância, estupidez, me encaixo perfeitamente nessas características. Sempre rindo quando saia de uma situação, com um jogo de palavras e pensamentos rápidos, onde acertaria todos os movimentos e repostas de uma outra pessoa.
Isso me fazia sentir a melhor pessoa do mundo, fazer com que uma pessoa faça exatamente os mesmos movimentos os quais planejei. Induzi-la a falar as palavras certas á mim. Aí, exatamente nesse ponto que eu começo errando, uns justificam como uma defesa, para não me machucar, já que o mundo está um inferno e as pessoas quando o assunto é amor, não valem merda nenhuma. Mas dessa forma, eu estarei sendo tão egoísta quanto a pessoa que queria me prejudicar, tão imbecil quanto ela e pior ainda me sentir feliz por ter conseguido que ela ficasse mal com o mesmo joguinho com qual ela tinha planejado para mim. Há tempos, não lembro desde quando deixei de usar meu personagem principal e não a soma de personagens criados por mim e pelo mundo, muitos deles morreram com o tempo ou se juntaram á outros. Talvez, eu tenha morrido com eles e não percebi ou me perdido no meio de tantos também criados por mim. E não uso mais a desculpa de que amadureci, que ganhei experiências, eu não queria ter morrido e ter me tornado mais um. Eu não queria.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Eu mesmo nunca sei.



Foi assim que começou, com um sonho, achei extremamente normal que as lembranças chegassem com o tempo, afinal foi intenso. Com o tempo essas lembranças enchiam minha cabeça de perguntas, de vontade, de desejos antes esquecidos, antes ignorados até com um certo repúdio. Comecei a acreditar que seria apenas uma fase, ora, tanto tempo vivendo das mesmas coisas que seria até estranho, não lembrar de nada, principalmente da maneira com a qual esse capítulo terminou ou talvez não tenha terminado, talvez o escritor tivesse dando o tempo bem prolongado, afim de pensar, viver e arriscar, tão prolongado esse tempo que talvez tenha perdido a vontade de escrever sobre aquela estória, sobre aquele menino e seus intermináveis sonhos e desejos, e que se sentia tão feliz de ter alguém pra compartilhar de tudo que ele pensava, de tudo que vivia e desejava, mesmo que aquilo fosse apenas um personagem inventado por ela, que foi inventado com a finalidade de tentar acompanhar aquele menino cheio de vontades, por mais falso que fosse, ele amava e pouco importava se era falso ou não. E se eu dissesse que sempre que arrisquei, errei. Lembra? E que no final nunca soube de nada, onde meus livros não me ajudaram. Quando achei que encontraria uma fonte mais intensa, errei. Como todas outras escolhas que pensei demais para escolher, que procurei demais o que eu já tinha encontrado e joguei tudo de cima de um penhasco para ver como ia ficar sem aquelas lembranças, sem aquele capítulo, sem aquela pessoa. E hoje eu sei que o tempo destrói tudo.