domingo, 15 de março de 2009

Assim começo

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Eu realmente não gosto disso, mas as drogas entraram na minha vida e hoje fazem parte dela, como se já fossem partes de mim, não me orgulho disso que eu me tornei, realmente não me orgulho, se as pessoas me admiram, não pedi e nem busquei esse maldito status e seus fiéis escudeiros, dinheiro e idiotas que sempre almejando o meu lugar como não conseguem, continuam agindo como vermes. Eu precisava de um cano de escape, se não ia estourar ,mas estourar, por quê?se nunca fiz nada por mim, sempre fizeram, a coisas as quais eu fiz foram pedidos, vontades dos outros, não a minha, não pensei por mim pra chegar até aqui, sempre ouvindo aqueles que me guiavam, sei, não fizeram por mal, mas eu não quis, e agora estou aqui com uma dose grande de ácido na minha cabeça e uma quantidade considerada álcool na minha corrente sanguínea, em meu primeiro apartamento com uma televisão que não sintoniza e copos sujos na pia, se me acharem a tempo ainda podem me salvar, mas não vão achar e não quero que achem.
Ela sempre foi a minha primeira lembrança de São Paulo, talvez por ter sido a primeira pessoa que me chamou atenção. Quando cheguei de recife, naquela sexta-feira chuvosa, desci ao aeroporto e lá estava, sentada em um banco na área dos fumantes com seus vários amigos estranhos, nunca me acostumei com aquelas pessoas, nunca. Eu tinha decidido parar de fumar, acho que foi a última vez e a única que tinha colocado essa idéia idiota na minha cabeça, havia duas semanas. Parar de fumar... ora veja, a fumaça faz me sentir vivo há tanto tempo aquele cheiro realmente faz parte de mim, e a forma com a qual ela se dissipa no ar era o meu estado de espírito naquele momento, e foi minha companhia durante as madrugadas em claro. Pois bem, não tardou e lá estava eu, era vergonhosa aquela situação, quase vinte anos na cara, puxando uma mala enorme com uma viola pesada nas costas e mendigando um cigarro, como eu era ridículo, se não piorei, acredito que foi a única coisa que consegui mudar sozinho, mas foi engraçada a forma como eles me olhavam, ela não resistiu e riu. Agradeci, e continue meu caminho para minha nova vida em uma cidade desconhecida com pessoas desconhecidas e ruas que me faziam sentir falta da minha Recife,olhei para trás, ela ainda me olhava, mas preferi continuar andando atrás de um táxi que me levaria para minha nova casa, pois até então não conhecia, mas era mesma onde passaria meus últimos momentos. Assim começo minha nova vida e talvez a última entre tantas outras que vivi.

2 comentários:

  1. Legal =P
    Mas tu deveria pensar um pouco mais em como tu vai escrever, saca? Tipo, tecnicamente falando. Se tu vai quebrar todas as regras mesmo ou se tu vai escrever com pontuação certa. Ficar no meio do caminho, parece que tu tais tentando ficar certo, mas não consegue.
    Ou não. Se isso é só modo de se expressar fast food, escreve como sair da cabeça mesmo =D

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  2. então massa vei, po então como esses textos que eu escrevo são situações que eu crio ou me baseio em outras que vivo, por isso passo logo as idéias pro papel, sem me preocupar muito com pontuação ou coisa do tipo, sei lá, gosto mais da intensidade e a forma que as palavras saem da minha cabeça para o papel, mas valeu o toque, abraço.

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